Adriaan van Roomen e sua Correspondência: desafios e controvérsias matemáticas no século XVI

Autores/as

  • Zaqueu Vieira Oliveira z.zaqueu@usp.br
    Universidade de São Paulo
  • Thomás A. S. Haddad thaddad@usp.br
    Universidade de São Paulo

DOI:

10.47976/RBHM2018v18n3677-115

Palabras clave:

Matemática, História, Correspondência, Controvérsias

Resumen

A correspondência foi um dos meios de comunicação mais utilizados por cientístas e estudiosos durante o renascimento. Além de encontrarmos evidências dos interesses científicos e matemáticos de cada autor, são nessas cartas que encontramos também evidências das práticas consideradas válidas dentro do ambiente científico e matemático daquele tempo. Em um trabalho recente, Catherine Goldstein (2013) considera a rede de correspondentes de Marin Mersenne (1588-1648) como uma instituição, termo utilizado para mostrar as relações entre os interlocutores, as práticas consideradas válidas e as polêmicas e as discórdias sobre os modos de se resolver problemas matemáticos, fatos evidenciados nas cartas. Neste artigo, apresentamos a tradução de quatro cartas de Adriaan van Roomen (1561-1615) e um ensaio sobre duas controvérsias em que o autor figura como um dos protagonistas: o debate entre van Roomen e François Viète (1540-1603) e os desafios trocados por eles em suas obras publicadas no final do século XVI e a batalha de Joseph Justus Scaliger (1540-1609) tentando se defender de um grupo de matemáticos, que inclui van Roomen, que refutaram os erros na sua solução para o clássico problema da quadratura do círculo. Apontaremos como estas e outras questões que aparecem na Correspondência de van Roomen nos demonstrando como se dava a prática matemática no século XVI e como podemos considerá-la como uma instituição, no sentido exposto por Goldstein.

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Publicado

2020-10-21

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Cómo citar

OLIVEIRA, Zaqueu Vieira; HADDAD, Thomás A. S. Adriaan van Roomen e sua Correspondência: desafios e controvérsias matemáticas no século XVI. Revista Brasilera de História de la Matemática, São Paulo, vol. 18, n.º 36, p. 77–115, 2020. DOI: 10.47976/RBHM2018v18n3677-115. Disponível em: https://mail.rbhm.org.br/index.php/RBHM/article/view/20. Acesso em: 25 nov. 2024.