A Presença da Geodésia nos Cursos de Matemática da Academia Militar Brasileira no Século XIX
DOI:
10.47976/RBHM2018v18n3573-85Palabras clave:
Geodésia, Matemática, História da Matemática, Academia MilitarResumen
O propósito desse artigo é fomentar discussões históricas sobre o contexto do fazer científico e de práticas educacionais mescladas na relação conjunta entre conhecimentos da geodésia e da matemática. Essa escolha engloba transformações e insidências relativas a importantes campos epistemológicos da matemática –trigonometria, geometria esférica e cálculo diferencial e integral –ao destacar-se como foco histórico a presença da Geodésia como matéria no Curso Matemático e de Ciências Militaresda Academia Militar brasileira (AM), na primeira metade do séc. XIX. Entre os recursos educacionais utilizados pelos ‘lentes’ naquela instituição, estão obras de Puissant, Legendre e Delambre, abordadas sob práticas educacionais e científicas que as consideravam como referência básica. Na metodologia de exploração documental dos enunciados dos seus resíduos foi importante agregar, como documento, um caderno entitulado Geodesia, que compõe uma das partes do manuscrito elaborado a partir das anotações de aula por estudantes da AM e organizado pelo lente e ex-aluno do curso Matemático –Manoel José de Oliveira (no período de 1814 a 1835). Algumas perguntas instigaram as buscas: Que noções e conhecimentos geofísicos e matemáticos eram entrelaçados e realçados? Em que contextos do fazer científico e da prática educacional? Existiam teorias e compendios (ou livros textos) tidos como base para os estudos? As análises permitiram observar, entre outras coisas, uma matéria Geodésia bastante matematizada, privilegiando cálculos geométricos e trigonométricos direcionados a uma subdivisão dedicada ao aspecto de posicionamento de pontos na superfície terrestre, estudada em interrelação direta com as matérias de Trigonometria e Astronomia que também integravam os “conhecimentos matemáticos”.
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